domingo, 3 de maio de 2009

E a vida era mais doce!

Enquanto escrevia a receita do cuscuz no post anterior, estava me lembrando de bons momentos vividos ao redor da mesa, aqui em casa. E de como sou lembrada, por amigos nossos e dos meninos, pelos doces, lanches, festinhas, que adoro fazer. Ontem mesmo, uma amiga querida, Rosane, que não vejo há tempos, disse que vai aparecer aqui, mas perguntou se faço profiteroles pra ela. Lembrei de como esses profiteroles faziam sucesso. Eram muito gostosos mesmo. Uma vez, uma amiga , Concetta, fez um chá na casa dela e me ensinou uma outra calda para o profiteroles, deliciosa. Bem, é na Europa que ele nasceu, então, ela, nascida naquele continente também, tinha a manha para tornar essas receitas ainda mais deliciosas. E cada vez que fiz, recebi elogios pela delícia de sobremesa. Aliás, há tempos não faço.
Recordei-me também que um dia, caminhando na praia, encontrei uma amiga daqui e suas meninas. Conversamos sobre diversos assuntos e, invariavelmente, a conversa foi pra cozinha. Eu dizia que não tinha faxineira em Nit e elas, brincando, disseram que iriam lá em casa e fariam a limpeza pra mim, contanto que eu fizesse um lanche como antigamente. Rimos muito, mas o lanche ainda não saiu, nem a faxina. Preciso remediar isso...
Aqui em casa sempre havia algo interessante, principalmente nas férias, como festivais de pizza, tardes de lanche entre jogos de Mau mau, Imagem e ação, Academia, Jogo do poder, entre tantos. Era uma farra só!!! A casa vivia cheia de garotada e eu curtia isso demais. Qualquer um dos amigos de infância dos meninos, que frequentavam nossa casa, sempre se lembram com saudade desses momentos.
E o cachorro quente, que faço com frequência , ainda, com linguiça pura, feita na nossa cidade mesmo? O Leo, queridíssimo, por exemplo, come o molho puro, no prato, depois de comer no pão. Todos gostam muito. E o mais interessante: descobri, através da minha nora, que em SP o cachorro quente é feito com salsicha e muitos comem com purê de batata. Nem ela, nem sua família, conheciam o cachorro quente feito com linguiça. E apreciaram bastante, ainda bem.
Lembrei agora, também, do bolo mesclado coberto com marshmallow e recheado com suspiro assado, coco, pêssego, creme (receita adaptada da Suelita) que era figura principal nos aniversários. A garotada adorava e vibrava quando eu dizia que ainda tinha marshmallow na geladeira.
Bem, os suspiros eram outra delícia. Eu ganhava claras de uma amiga que vendia quindins. Eles me auxiliaram bastante quando o Rafa teve hepatite. Diziam que suspiro era bom, então eu fazia sem parar. O Leo (de novo o meu filhão emprestado), vendo Rafa saborear os suspiros durante esse período, brincou que queria pegar hepatite só para que eu fizesse suspiros pra ele. Pois é, pegou. E a dele foi brava, ele custou a ficar bonzinho. Mas comeu muito suspiro...rs
Dias atrás, conversando com a Ângela, minha parceira de boa mesa daqueles tempos, lembramos de como era bom quando as crianças eram pequenas e fazíamos e comíamos tantas coisas gostosas, sem sentimento de culpa algum. Numa cidade pequena, sem atrativos, nossa diversão era nos reunirmos em volta de uma boa mesa, ou até mesmo na cozinha, e fazermos coisas gostosas, enquanto os filhos brincavam. Era mesmo muito bom. Não pensávamos que isso ou aquilo faria mal à saúde, que podíamos engordar, que tínhamos de fazer dieta, porque a moda exigia. Qual o quê!!! Queríamos era curtir aqueles preciosos momentos juntos, vendo a alegria dos filhos brincando dentro de casa, felizes.
Aí vejo como me assemelho à mamâe também nisso. Na casa dela nunca faltava aquele cafezinho com um bolinho, broa, bolinho de chuva. Todos que a conheciam gostavam de dar uma passadinha na casa dela, ouvir bons conselhos, tomar um cafezinho gostoso e sair com a alma mais leve. TErapia do café!!! Quem sabe eu não serei lembrada, quando me for, pela terapia dos lanches??? Pode ser!!! Lembrada pelo amor e alegria com que recebo todos aqui em casa, isso eu sei que serei.

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